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Medindo a textura vegetal e a qualidade do produto vegetal

maio 11, 2021
Do ponto de vista da textura, os vegetais representam um grupo muito diverso de produtos. Eles podem ser consumidos em muitas formas texturais diferentes.

Por exemplo, aspargos cozidos são macios, fibrosos e polposos, pepinos são crocantes, firmes e suculentos, cenouras cruas são duras e crocantes, e ervilhas cozidas são macias e farinhentas. A estrutura do tecido em cada caso determina a textura conforme recebida pelo consumidor.

Para muitos tipos de vegetais, a aceitação do produto pelo consumidor é decisivamente influenciada pela textura do vegetal, juntamente com outras qualidades como cor, cheiro e sabor. A textura é um atributo de qualidade crítico para todos os vegetais, seja para avaliar a maturação ou o desempenho funcional em suas formas processadas.

Do ponto de vista textural, os vegetais podem ser divididos em várias categorias:
1: Aqueles que são comidos crus e valorizados principalmente por sua crocância, como rabanetes e alface. Esses produtos perdem sua textura firme e crocante ao serem aquecidos devido à perda de turgor e não podem ser totalmente preservados por enlatamento (envolvendo uma etapa de esterilização por calor) ou congelamento (envolvendo escaldamento, um pré-tratamento de aquecimento de inativação enzimática). Alguns, como pepinos, são preservados por salmoura/fermentação e transformados em um novo produto em conserva crocante.
2: Aqueles que são consumidos cozidos e valorizados por sua maciez/farinheira, como berinjelas e batatas.
3: Aqueles que podem ser consumidos em qualquer forma, como cenouras e couve-flor. Esses vegetais têm paredes celulares relativamente espessas que fornecem rigidez e crocância na ausência de turgor.
Avaliar a textura dos vegetais, sejam frescos ou após tratamentos e processamento pós-colheita, mostra que há uma ligação clara entre a textura antecipada desses produtos alimentícios e sua qualidade. Se um vegetal for muito macio, ele não é mais desejável; portanto, as características sensoriais devem ser continuamente avaliadas para monitorar os padrões de qualidade para, por exemplo, estabelecer o momento ideal para colher a melhor safra e produzir um produto final consistentemente bom.
As propriedades reológicas e texturais dos vegetais são estudadas e monitoradas para os seguintes objetivos:
• Caracterizar a maturação e sua dependência das condições de colheita, armazenamento industrial e pós-maturação
• Determinação de correlações entre propriedades reológicas e sensoriais
• Determinação do comportamento de deformação durante os processos de classificação, transporte, processamento e comercialização.
A medição de textura fornece a solução ao atribuir valores a características tradicionalmente subjetivas de alimentos. Usando meios mecânicos, por meio do uso de um Analisador de Textura e uma sonda ou acessório apropriado, é possível imitar as ações realizadas por uma pessoa ao manusear ou consumir o produto para medir atributos típicos como: crocância, dureza, firmeza, tenacidade, maciez, flexibilidade.
Sendo um produto natural, os vegetais diferem significativamente em textura entre si devido à sua variabilidade inerente. Uma gama de métodos de textura está, portanto, disponível para otimizar a repetibilidade de qualquer medição de textura.