Desde os tempos antigos egípcios, criar um pigmento azul que não desbotasse e que não fosse tóxico era algo com que os produtores de pigmentos tinham dificuldade em lidar
Ainda hoje, alguns tons de azul ainda são criados pela trituração do Lápis-Lazúli, embora existam variantes tóxicas disponíveis, como o azul da Prússia. Em 2009, os cientistas descobriram acidentalmente um novo tom de azul brilhante e atóxico feito de outros materiais.
Agora, depois de passar por uma empresa de licenciamento, será liberado para os consumidores. Essa tonalidade especial é chamada de YInMn, devido aos elementos que a constituem: ítrio, índio e manganês.
Uma equipe de químicos da Oregon State University estava tentando construir novas substâncias além dos óxidos de manganês por meio de vários experimentos eletrônicos. Durante um desses, os pesquisadores misturaram o óxido de manganês preto com uma variedade de produtos químicos e elevaram a temperatura da amostra a 1.093 ° Celsius ou 2.000 ° Fahrenheit. Por acidente, um dos materiais resultantes foi um azul incrivelmente vibrante. Mais testes mostraram que uma estrutura de cristal especial que compõem o material impede que o azul brilhante fique opaco, mesmo quando combinado com água. Os íons de manganês levam todos os comprimentos de onda das luzes verdes ou vermelhas, garantindo que a cor azul fique azul.
Este novo tom pode vir a ser útil por sua eficiência energética. O azul YInMn tem uma refletividade infravermelha de cerca de 40 por cento, que significa que se um teto for pintado com isso, a casa poderia possivelmente manter uma temperatura menor do que a média, devido à reflexão de luz. Ele também abre novas possibilidades: pode haver outros pigmentos por descobrir que podem possuir propriedades semelhantes. Enquanto isso, artistas e restauradores começaram a fazer uso da nova cor em seus trabalhos.
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